setembro 16, 2022
Sobre o Setembro Amarelo e o Suicídio.
Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais.
A ideia acabou desencadeando um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela.
E por que existem pessoas que cometem suicídio?
Edwin Shneidman é um psicólogo clínico americano considerado o pai da suicidologia (estudo do comportamento e causas suicidas) e explica que o suicídio se trata de uma dor intolerável, vivenciada como uma turbulência emocional interminável, sem encontrar a saída.
Na opinião de psicoterapeutas, cujos pacientes cometeram suicídio, desespero foi o principal sentimento capaz de diferenciar as pessoas que se matam. Além do desespero, costuma haver outros sentimentos intensos e a percepção de que a vida entrou em colapso, de que a pessoa está sendo deixada de lado.
A combinação de desespero e desesperança leva à necessidade de um alívio rápido: parar com os pensamentos para interromper a dor emocional. Na crise suicida, a pessoa não enxerga formas para enfrentar os problemas.
Se, de início, a ideia de se matar parece perigosa, aos poucos ela pode trazer alívio e passa a ser bem-vinda. A situação se agrava significativamente quando a pessoa tem pouca flexibilidade para enfrentar adversidades e propensão à impulsividade.
A questão central do suicídio não é sobre morte ou sobre matar:
- É a necessidade consciente a fim de evitar uma dor emocional insuportável.
- Se um indivíduo atormentado pudesse, de alguma maneira, interromper os pensamentos e continuar vivo, por que ele não optaria por essa solução?
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