agosto 9, 2021

Recursos humanos na pós-pandemia: uma visão para o mercado de trabalho

A pandemia, decorrente da Covid-19, está afetando bilhões de seres humanos, milhões de empresas e centenas de países ao longo do planeta. Muitos de seus impactos já se tornam visíveis, embora grande parte destes ainda se vislumbre remotamente, indicando, ao menos, que importantes mudanças ocorrerão nas vidas, na sociedade e na economia de todo o mundo. Desta forma, dado a amplitude destes impactos, todos os setores da atividade econômica, assim como também, dos ramos profissionais, serão afetados de alguma maneira. Com os recursos humanos não será diferente. Vamos tratar, então, neste texto, brevemente, sobre:

 

  •     O papel dos recursos humanos para as empresas e organizações;
  •     O mercado de trabalho do profissional de recursos humanos;
  •     As tendências e perspectivas dos recursos humanos após a pandemia.

 

  1. O papel dos recursos humanos para as empresas e organizações

Os recursos humanos se tornou, nas duas últimas décadas, uma área promissora para as empresas que buscam demandar, a cada dia, os profissionais com esta formação, visando alcançar melhoria da produtividade e resultados satisfatórios gerais da organização. Desde a responsabilidade pelos processos de seleção, contratação, coordenação e treinamento de funcionários; o desenvolvimento de técnicas e estratégias para a construção de relações sustentáveis nos diversos níveis e ambientes hierárquicos; a administração de talentos; o estabelecimento de técnicas de treinamento e motivação; a aplicação sistemática de métricas para medir e avaliar o desempenho profissional e, em alguns casos, até mesmo a organização de eventos e gestão da comunicação interna, os recursos humanos vêm cumprindo o seu papel estratégico nas empresas e organizações. Aprender e entender todas essas habilidades e desafios faz este profissional conquistar substancial vantagem competitiva, isto é, propiciar uma situação em que uma empresa ou uma organização reúna a competência e o conhecimento que lhe permitem conquistar uma vantagem sobre seus demais concorrentes.

 

  1. O mercado de trabalho do profissional de recursos humanos

Ultimamente, as empresas procuram demandar profissionais específicos com formação em recursos humanos. Isso deriva, em grande medida, da evolução técnica e tecnológica que passa a exigir um profissional com conhecimentos mais amplos e, ao mesmo tempo, mais especializados, para as empresas e organizações. Analista de recrutamento e seleção, analista de recursos humanos, analista de cargos e salários, analista de desenvolvimento humano, analista de benefícios, gerente de recursos humanos, diretor de recursos humanos e técnicos de segurança de trabalho têm sido as principais áreas de atuação dos profissionais dos recursos humanos, em um mercado de trabalho que seguia bastante aquecido até o advento da pandemia.

No mundo pós-pandemia, haverá a necessidade de profissionais que consigam conciliar uma formação ampla com conhecimento específico sobre o uso das tecnologias e sobre a ampliação da nova forma das relações interpessoais e laborais remotas, dentre outros expedientes. Ou seja, este profissional continuará obtendo uma importância fundamental para as empresas e organizações, uma vez que se torne altamente capacitado e dinâmico frente às mudanças e, principalmente, com facilidades para resolver os problemas e propor as soluções mais adequadas.

 

  1. As tendências e perspectivas dos recursos humanos após a pandemia

A situação pós-pandemia implica em algumas mudanças cruciais na área de recursos humanos, onde se aponta a aceleração de algumas tendências que já estavam em curso, aliado a toda uma nova estrutura que precisa ser revista para atender a nova realidade. Será o caso, por exemplo, de se avançar com a flexibilização dos controles e com a menor dependência das estruturas físicas das empresas.

Logo, a primeira tendência será adotar a compreensão de que um profissional possui condições de trabalhar, alcançar seus resultados e, ao mesmo tempo, manter alto nível de produtividade, independentemente de estar “distante” do seu gestor ou então da própria estrutura física da empresa ou organização. Para a construção desta nova relação, a confiança ultrapassa o controle e os profissionais de recursos humanos deverão desenvolver técnicas e meios de reconhecimento e valorização dos funcionários através de diferentes métricas e indicadores.

Em segundo lugar, decorrente da primeira tendência, reside a questão da adequação formal e legal do chamado teletrabalho, impulsionado a partir do trabalho remoto ou home office. A área de recursos humanos terá de buscar novas formas de viabilidade, orientação e subsídios nas relações de trabalho e na gestão de pessoas para alcançar resultados satisfatórios nesta nova modalidade de trabalho que estará cada vez mais presente na realidade das empresas e organizações.

Em síntese, os recursos humanos na pós-pandemia estará fortemente baseado no uso da tecnologia, aproximando as pessoas e funcionários, mesmo que distantes dos locais específicos de trabalho. Nesse sentido, cabe perquirir por modelos que continuem operando de maneira eficiente, porém providos das novas tecnologias que permitem a realização de entrevistas, avaliações, contratações e desenvolvimento de pessoas apoiadas em análises preditivas e nos algoritmos, enquanto direcionadores da eficiência das empresas e organizações e que sejam capazes de prover a realização de carreira para os profissionais.

 

Autor: Prof. Dr. Eduardo Martins Ráo

Professor dos cursos presenciais de Administração, Tecnologia em Processos Gerenciais, Recursos Humanos e Logística, do Centro Universitário do Vale do Ribeira.

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