abril 18, 2022

Alimentação e comportamento: o autista deve comer diferente?

  O autismo é um dos mais conhecidos, entre os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, sendo caracterizado pelo atraso no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. Entre os diversos tipos de intervenções necessárias para o desenvolvimento do autista, além do psicólogo e do fonoaudiólogo, faz-se muito importante, ressaltamos os aspectos das intervenções  Nutricionais. As pesquisas científicas tem nos mostrado que, com relação à alimentação, especialmente na hora da refeição, três aspectos  mais marcantes são registrados pelos autistas:
  • Seletividade: que limita a variedade de alimentos, podendo levar a carências nutricionais;
  • Recusa: mesmo que ocorrendo a seletividade é frequente a não aceitação do alimento  selecionado, o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica;
  • Indisciplina:: que também contribui para a inadequação alimentar.
A má alimentação e a falta de equilíbrio energético são motivos de especial preocupação, pois, a ingestão de micronutriente está estreitamente relacionada com a ingestão de energia. Crianças autistas têm padrão alimentar e estilo de vida diferente das crianças não autistas, comprometendo seu crescimento corporal e estado nutricional. O momento da refeição é frequentemente culminado com choro, agitação e agressividade por parte do autista gerando um desgaste emocional também ao cuidador. A alimentação para autismo deve ser isenta de caseína, glúten e soja.  Essa dieta promove alterações cerebrais que diminuem a euforia e a agressividade dos autistas, sendo uma ótima forma de complementar o tratamento do autismo infantil e adulto.       O autista é incapaz de tirar o total proveito das terapias comportamentais se tiver um cérebro desnutrido, inflamação gastrointestinal ou acúmulo de compostos tóxicos - fatores que prejudicam a comunicação cerebral. Por isso, a alimentação é fundamental e caso seja necessário, um nutricionista também poderá indicar um suplemento de cálcio. No entanto, é importante destacar que nem sempre a restrição alimentar funcionará para melhorar os sintomas do autismo, visto que nem todos os pacientes tem o organismo sensível. As Crianças autistas são muito seletivas e resistentes ao novo, fazendo bloqueio a novas experiências incluindo as dietas alimentares. Considerando o comportamento repetitivo e interesse restrito poderá ter papel importante na seletividade dietética também. Sendo assim, o papel dos profissionais é complementar no que se refere as intervenções necessárias para o desenvolvimento da criança autista, principalmente em relação a seu comportamento e alimentação.   REFERÊNCIAS:   ARAÚJO DR, NEVES AS. Análise do uso de dietas Gluten Free e Casein Free em crianças com Transtorno do Espectro Autista. Caderno Unifoa Especial – Centro Universitário de Volta Redonda, Ano VI. Nov. 2011. Disponível em:  http://www.unifoa.edu.br/cadernos/especiais/nutricao/cadernos_especial_nutricao.pdf. CERMAK AS, CURTIN C, BANDINI LG. Seletividade alimentar e sensibilidade sensorial em crianças com transtornos do espectro do autismo. J. Am. Assoc. Dieta. 2010; 110 (2):238-246. SILVA, N. I., Relações entre hábito alimentar e síndrome do espectro autista. Resolução CoPGr 5890 de 2010, 132 p. Piracicaba 2011.

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3 comentarios

  • Laura Beatriz Pittigliani diz:

    Quero saber mais para ajudar meu marido e enteado

  • jose valdai de souza diz:

    Tenho tido crianças com autismo e quase todas apresentar aluminio alto no mineralograma de cabelo. Sugiro realizar esse exame em todas crianças autistas. O Al interfere na formação do RNA Ribossomal e com issso a nova proteina será patológica. Precisamos continuar avaliando para mais confirmações. Pesquisar se mão usou ou usa Hidroxido de Al na gestação.

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